A dor deveras só vem através dos olhos
Torna úmido o que acreditara estar seco
Fecha as portas da racionalidade
E dói, como uma agulha na íris, dói
Seria o homem um sujeito tão pequeno
A não imperar seus próprios sentimentos?
Seria eu uma mentira do que digo
E a descoberta inoportuna de uma verdade...
Maldita,
Infindável,
Realista?
Qual ignorante secará o pranto da dor
Se os olhos reinam no choro de dentro?
Há pedaços de mau encaixe, estilhaços
Há nos olhos uma inoportuna verdade
Quantas vezes a dor se disfarça de bumerangue?
Se há uma plena certeza que voltará, e há.
Cegar ou viver?
Se possível fosse a opção,
Não ia falar disso, não.
Alagoinhas, 20 de junho
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