domingo, 30 de junho de 2013
selva da noite
É outra coisa...
Há outro querer...
O sono falta como uma indigesta cobra engolida
um sapo monetário chacoalha a garganta
E o caos se estabelece no espaço físico
não quero papéis, não quero conversas, arrotos e vômitos
não quero arrojos, promessas, limpezas e amanhãs
tudo some na febre da lebre
resta uma vontade de ser cada vez mais tartaruga
Raspa a juba desse leão, raspa!
Crucifica-o! Crucifica-o!
você sempre come tudo errado e nem faz a sesta
você não vai à rua como quer e nem se tranca como deve
você fala com o mundo e não diz a ninguém
- qual a vontade que te mantém?
mostra os dentes deste cavalo, mostra!
Galopa sobre o caos e sela este peso do hoje
escraviza para ter o que alforriar
sua força ainda não te faz sumir
eu sei, tudo o que você quer é dormir
E talvez acordar
Alagoinhas, 30 de junho de 2013, 04:55
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