terça-feira, 16 de abril de 2013

Dois poemas do meu agora

""Bate um medo, desespero
Bate a ansiedade,
Bate a vergonha, a dificuldade
Bate o segredo, bate a exposição
Bate acelerado, calado, ousado
Bate mais forte,
Ah...
BATE
Bate. O que importa é que bate""


"Dos cantos

Odeio o pretérito imperfeito
Porque toda vez que ele vem
Ele ia, ia, ia, ia...
Essa desinência não me deixa ser
E sou daqueles que simplesmente é.

Não, o meio não é o lugar
Se há um lugar – a minha Parságada
Quero que seja encostado num abismo
Empurrado por um beijo
Caindo por um gozo

Gozaria caso não fosse assim?
Talvez, mas só eu sei de mim
E o que sei – se sei – é efêmero,
Casual, sapiência de momento
Prefiro dizer que gozei e gozarei.

Se o meu sussurro for um grito
Grito ao mundo e a você:
Morro amando.
Pois morrer é sinal de vida.
E a desinência... ia ia ia ia
Não nasceria."

Nenhum comentário: